Móvel velho de cara nova

Não são alguns riscos ou uma pintura descascada que vão condenar um móvel ao descarte. Quer dizer, nem mesmo um pé quebrado é motivo para se desfazer daquela cômoda querida ou do gaveteiro trazido da casa antiga. O fato é que existem mil e uma maneiras de prolongar a vida útil de uma peça, como tinta ou adesivagem, por exemplo, mas hoje vamos falar de uma técnica específica:o revestimento com tecidos.
Eu usei o “vamos” no plural por um motivo especial: como a ideia era dar dicas certeiras de quem já testou essa técnica diversas vezes, fui atrás de uma especialista no assunto. No fim o que era pra ser uma entrevista acabou se transformando em um “post convidado” e quem assina é a blogueiraHelka Velloso, do Forma:Plural.
Acompanho o blog dela há anos e adoro, acho que temos um gosto bem parecido e além disso os textos são ótimos — como você está prestes a comprovar. Então é com um sorriso no rosto que eu passo a palavra à Helka…
Por onde começar
Revestir um móvel com tecido faz bem menos sujeira do que partir para a pintura, mas requer alguns cuidados de preparo semelhantes, como uma boa limpeza na peça e até mesmo uma lixada, afinal esses procedimentos facilitam a aderência da cola. Falando nela, uso a cola branca, facilmente encontrada em lojas para artesanato.
Como sua consistência é densa e a secagem é rápida, faço a diluição em água — mais ou menos 3 partes de cola para 1 de água. Para espalhar, prefiro um pincel largo de cerdas firmes, mas o rolinho de espuma também funciona. Nunca passo a cola em tudo de uma vez, vou passando e cobrindo com o tecido aos poucos, assim consigo realizar pequenos ajustes se necessário e evito que o tecido forme dobras.
Embora qualquer cola branca sirva para esse trabalho, um fator é super importante: secagem transparente, e isso vem escrito no rótulo. Sim, já tive que refazer uma cômoda inteirinha porque ficou com uma película esbranquiçada, acreditam? 
Durante e depois
Não economize na mistura de cola + água. Ela deve ser aplicada no móvel e, enquanto o tecido ainda estiver úmido, a solução deve ser passada sobre ele também. Não se preocupe se ele assumir uma coloração meio desbotada, tudo voltará ao normal após a secagem.
Costumo aguardar uns 2 dias pela completa secagem e aí sim parto para o acabamento com estilete para retirar os excessos nas bordas (tem quem use a lixa) e finalização da peça com verniz spray fosco (costumo dar umas 3 demãos bem generosas). A combinação cola e spray forma uma película protetora sobre o tecido, permitindo que se use até pano úmido na limpeza.
Na hora de escolher o tecido…
Sobre o tecido, os mais finos e que possuem uma trama mais aberta são os melhores, pois absorvem a cola com maior facilidade. Para calcular a metragem, tiro a medida do trecho que pretendo revestir e deixo uma margem de sobra de uns 5 cm de cada lado. Embora pareça meio exagerado, muitos tecidos costumam encolher depois de secos, sem dizer que fica mais fácil para realizar o acabamento com o estilete se a sobra for maior.
Tecidos não costumam formar bolhas como os adesivos vinílicos, pois sua trama permite que “respirem”, no entanto alguns deles assumem um caráter “elástico” quando umedecidos pela cola, então evite puxá-lo durante o processo da colagem, senão deforma mesmo. O cuidado na escolha da estampa é bem importante também: padrões menores disfarçam se a colagem sair meio torta, enquanto os padrões grandes denunciam os erros com maior facilidade.
E então, gostaram da “aulinha” de como revestir móveis com tecido? Se quiser acompanhar outras dicas da Helka, começa a seguir o Forma:Plural, oras. ♥

*** Glamour

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