Isolamento acústico em casas: experts respondem as principais dúvidas!




Stefan Pastorek
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A poluição sonora é uma vilã e tanto! Não bastasse interferir diretamente no humor dos moradores, é muito difícil de ser combatida. Isso porque o som se espalha na forma de ondas, que viajam não só pelo ar mas também pela água e por superfícies sólidas, o que inclui muros, paredes, lajes... Quando o desejo for garantir um imóvel silencioso, portanto, nada se mostra tão eficaz como a preocupação com esse aspecto ainda durante a fase de construção. Caso isso não tenha sido feito, o jeito é remediar: um dos papéis do especialista em acústica é justamente identificar o caminho que o barulho faz para apontar a melhor maneira de reduzi-lo – drywall, piso flutuante e janelas antirruído são alguns recursos possíveis, adequados de acordo com a situação. Assim, a solução do problema começa sempre com a análise de todos os elementos do ambiente, como tamanho, material e espessura das divisórias, entre outros. Sim, é um tema que envolve muitas questões. Confira a seguir as respostas de profissionais para as principais delas.


A partir de agora, as edificações terão de ser mais silenciosas
Se o ruído vem do alto, diplomacia é a melhor saída
A parede não barra o som? Drywall pode resolver
Contra o som da rua, sanduíche de vidro com recheio de vento
Em certos casos, só mesmo com um bocado de paciência...
Guia para quem constrói, garantia para quem mora
As normas elaboradas anteriormente pela ABNT apenas indicavam limites de ruído em áreas internas e externas a fim de garantir conforto. “Nenhuma fornecia orientações construtivas. A NBR 15.575 preenche essa lacuna”, diz Marcelo. “A mudança é radical, pois, agora, casas e prédios novos passam a ter, pela primeira vez, parâmetros a seguir”, completa o engenheiro Davi Akkerman, presidente da Associação Brasileira para a Qualidade Acústica (ProAcústica). Vale lembrar que, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, é considerado prática abusiva colocar no mercado qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pela ABNT. “Se uma construtora descumprir a regra e o morador decidir recorrer à Justiça, a NBR 15.575 poderá balizar uma decisão favorável ao reclamante”, observa Marcelo.
Tira-teima: até quantos decibéis o revestimento de drywall é capaz de isolar?
Paredes de alvenaria finas costumam isolar menos de 40 dB, índice considerado baixo pela cartilha da ABNT – segundo a NBR 15.575, o mínimo deve ser entre 40 e 44 dB para que uma conversa em voz alta no recinto ao lado seja audível, mas não compreensível. Com o acréscimo de um sistema de drywall como o descrito ao lado, com uma chapa de gesso acartonado e uma camada de lã mineral, o isolamento pode pular para mais de 50 dB – valor descrito como ideal pela norma, pois garante que a conversa no cômodo contíguo não seja audível. A diferença numérica parece pequena, mas, em decibéis, é enorme, já que o volume dobra a cada 3 dB. Com um exemplo prático, fica fácil de entender: “Se eu tiver um liquidificador que gera 80 dB e, ao lado dele, outro igualzinho produzindo o mesmo barulho, a medição dos dois juntos será de 83 dB – ou seja, em acústica, 80 mais 80 é igual a 83, e não 160. Isso acontece porque o som é medido em uma escala chamada logarítmica, diferente daquela com que estamos acostumados”, explica Marcelo. Seguindo esse raciocínio, é correto afirmar que uma parede que barra 50 dB tem mais do que o triplo da capacidade de isolamento de uma que barra 40 dB. Do mesmo modo, quando for comprar uma porta e se deparar com uma que isola 20 dB e outra que isola 23 dB, não se engane: a primeira oferecerá metade do conforto acústico da segunda.
OBS: Preços pesquisados entre 7 e 21 de maio de 2014, sujeitos a alteração.

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